Quem são os dois atletas (um deles com mais quilos e centímetros do que hoje) do Centro de Treino nestas fotos, junto da Manuela Costa, João Tiago e do Miguel Domingues?
Video sobre o Campeonato Nacional Individual de Sub-16 de 2009 em Carcavelos! Entrevista do João aos 3'02''. "Clickem" na fotografia do João!
ANIVERSARIANTE
LUÍS MACHADO - 22 de Novembro
ATENÇÃO - TORNEIOS EM DEZEMBRO - SE QUERES JOGAR FALA COM O TEU TREINADOR!
Sub-12 C - Gondomar 12-13 A - Carcavelos 19-23 C - Maia - 23-30 Sub-14 C – Maia 18-23 B - Cantanhede 18-20 A - Braga 27-31 Sub-16 A - Quinta da Marinha 18-23 C - Maia 23-30 Sub-18 C – Maia - 18-23 B - Ace Team 26-30 Séniores C – Póvoa Varzim 9-13
ATLETA DO MÊS DE NOVEMBRO
JOSÉ TINOCO - O Zé Tó foi semifinalista do Prize-Money da Golegã, torneio senior de nível B, após passar o qualifying, e derrotar adversários de bom valor no Quadro Principal. Menções para a Joana Neves (Sub-12) e o João Monteiro (Sub-18), convocados para os respectivos estágios de Selecção Nacional.
ESTE MÊS...
Roger Federer chegou ao 15º Grand Slam, e tentará no US Open continuar a cavar um fosso para que esse recorde dure o máximo de tempo possível; até lá temos os torneios US Open Series, em solo americano, e onde a Michelle Brito e o Frederico Gil marcarão presença; mas será que a liderança do ranking "português" será ameaçada pelo Rui Machado?
PROMESSAS DO SPORT NO YOU TUBE!
Manuel Gonçalves, de 7 anos, em acção... CLIQUE NA FOTO PARA VER O VÍDEO!
AUTO-DIÁLOGO POSITIVO - Por Cristina Rolo e Dave de Haan
Seja qual for o nível dos tenistas, do de fim-de-semana até ao tenista de competição profissional, o aspecto mental decide os jogos quando as forças estão equilibradas. À medida que os aspectos técnicos, tácticos e físicos estão mais desenvolvidos e aprimorados, cada vez mais este aspecto mental é cada vez mais decisivo e determinante. O auto-diálogo do jogador é comum a todos, independentemente de se estar a jogar ao fim-de-semana com o melhor amigo ou de se estar a jogar uma competição regional, nacional ou internacional! Os jogadores que têm uma conversa interior mais positiva acabam inevitavelmente por jogar melhor, por lidar melhor com as adversidades do resultado, causadas por si e/ou pelos adversários, aumentando assim, as probabilidades de vencer! Sendo assim partilho aqui um excerto do livro “Treino Mental no ténis: estratégias práticas para o sucesso!”, de Cristina Rolo e Dave de Haan, que recomendo a todos os praticantes, a todos os atletas que connosco treinam, aos Pais, para que possam pensar sobre este assunto e corrigir este aspecto, que repito, é absolutamente transversal ao nível de ténis dos praticantes! Para uma leitura mais fácil sugiro que copiem para um ficheiro de processador de texto e imprimam! Pedro Canedo
“Auto-diálogo Positivo Este capítulo tem por objectivo ajudara compreender o que é o auto-diálogo positivo, relevante e produtivo em oposição ao auto-diálogo negativo, irrelevante e não produtivo. Explica a importância das crenças e do auto-diálogo positivo para o sucesso no ténis e fornece diversas estratégias que os tenistas poderão aplicar fora e dentro do campo para desenvolver o seu auto-diálogo positivo e contribuir para a melhoria do seu rendimento. O auto-diálogo positivo inclui todos os pensamentos e palavras verbalizadas ou proferidas internamente e direccionadas ao próprio indivíduo. O auto-diálogo ou pensamentos podem ser positivos, neutros, negativos, relevantes ou irrelevantes, produtivos ou não produtivos, para o rendimento no ténis. O auto-diálogo positivo, relevante e produtivo (“Bom esforço neste ponto!”) aumenta a motivação e confiança do tenista, favorecendo o processo de focalização nos aspectos relevantes para um bom desempenho no ténis. O auto-diálogo ou pensamentos negativos (“Como podes falhar esta bola? Inacreditável!”, por oposição, comprometem a concentração, confiança e motivação do jogador. O objectivo é ajudar os tenistas a controlar os seus pensamentos durante o treino e competição, de modo a contribuir para o seu sucesso e diminuir a probabilidade de insucesso. As crenças irracionais são a fonte geradora de pensamentos negativos e irrelevantes que impedem os tenistas de render em treino e competição, de acordo com o seu potencial. O uso sistemático de pensamento positivo leva o indivíduo a acreditar na sua capacidade de fazer face às diversas solicitações e superação de obstáculos. A crença nas próprias habilidades e capacidades permite aos tenistas confiar nas suas pancadas e jogar instintivamente, potenciando a qualidade do seu desempenho. Deste modo, é importante que os tenistas tenham consciência e controlo do seu processo de auto-diálogo/pensamento. A falta de controlo dos pensamentos permite que surjam dúvidas, especialmente nos momentos cruciais, comprometendo o rendimento dos tenistas. É importante enfatizar que, embora o auto-diálogo positivo seja essencial para o sucesso no ténis, este tem que ser realista e credível. Por exemplo, não se deve solicitar a um jogador que repita mentalmente “O meu serviço é excelente”, quando na realidade não o é. Uma estratégia mais eficaz será, por exemplo, pedir ao tenista para repetir mentalmente “Focaliza-te no lançamento da bola e o serviço será excelente”. Importância do Auto-diálogo/Pensamento Positivo Vamos pedir que realizem um pequeno exercício que ilustra o poder do auto-diálogo positivo: Durante os próximos minutos não pensem numa bola de ténis amarela. Em que pensaram? Certamente pensaram numa bola de ténis amarela. A palavra “não”, não é processada pelo cérebro, ficando neste a imagem do que queríamos evitar (a da bola de ténis amarela). O conhecimento deste fenómeno alerta para a necessidade de os treinadores solicitarem aos tenistas de forma clara e directa os comportamentos que querem que estes tenham, em vez de pedir que evitem comportamentos indesejados (“Serviço dentro”, em vez de “Não faças Dupla Falta!”. Este mesmo mecanismo aplica-se ao processo de pensamento e auto-diálogo do tenista, devendo sempre que possível, produzir-se pensamentos positivos e relevantes (dizer “relaxa” em vez de dizer “não estejas tenso”. Outro exemplo da importância manifesta-se na cuidadosa escolha das palavras para comunicar com os outros ou connosco próprios (auto-diálogo). Por exemplo, se um atleta que tenha sofrido uma lesão e que esteja a fazer fisioterapia disser: “Se eu melhorar…” ou “Quando eu melhorar…”, qual dos dois tipos de linguagem terá uma reacção mais positiva e benéfica no jogador? Provavelmente a segunda, que elimina as dúvidas relativas à recuperação e dá esperança e motivação ao tenista, para fazer tudo o que está ao seu alcance para recuperar mais rapidamente. O relato que se segue ilustra a importância do auto-diálogo positivo em situação de jogo. O Pedro acabou de perder a oportunidade de converter um “match point” e fechar o encontro. Terá por isso que jogar o terceiro set, que acaba por levar o Pedro a um tie-break. Antes de iniciar o tie-break o Pedro pensa ininterruptamente na excelente oportunidade que perdeu, de vencer o encontro em dois sets. O Pedro está desiludido consigo próprio e não consegue parar de pensar no erro não forçado que cometeu no final do set anterior, comprometendo a sua vitória imediata. Quando o Pedro inicia o tie-break, uma vez que o seu foco atencional está ainda no passado (ponto falhado) não está preparado física ou mentalmente para responder ao serviço. O adversário faz um Ás, o que faz com que o Pedro fique ainda mais frustrado. Quando é a vez de o Pedro servir, este precipita-se , não realiza a sua rotina preparatória e o primeiro serviço vai para a rede. O Pedro grita: “não acredito! Como podes servir assim para a rede?”. No serviço seguinte o Pedro pensa: “Estou a perder muitos pontos, não posso fazer Dupla Falta”. Na sequência deste pensamento, o Pedro acaba mesmo por fazer Dupla Falta. O auto-diálogo tem uma poderosa influência na forma como os tenistas treinam e competem, reflectindo-se no nível de confiança e motivação dos mesmos. O auto-diálogo negativo conduz normalmente a frustração e consequentemente a declínios no rendimento. Quando os tenistas permitem constante auto-diálogo negativo ou irrelevante, é como “uma sova” psicológica auto-inflingida. É muito importante que os tenistas tenham consciência do seu auto-diálogo/pensamentos negativos e o impacto que estes têm no seu rendimento. O passo seguinte será fornecer estratégias ao tenista para que ele possa gerir de modo eficaz o seu auto-diálogo/pensamentos. Os pensamentos influenciam as acções. Pensamentos positivos conduzem maioritariamente a acções positivas. Pensar positivo tem um grande impacto na melhoria do nível de auto-confiança. Uma correcta gestão dos pensamentos contribui para a melhoria do rendimento e qualidade de vida do tenista.
PENSAMENTO INFLUENCIA ACÇÕES
É importante desenvolver a capacidade de auto-diálogo positivo, uma vez que esta afecta a atitude, estado de humor, concentração, confiança e o desempenho no ténis. Para que um tenista se torne forte mentalmente, tem de conseguir gerir de forma eficaz o seu auto-diálogo/pensamentos. Quando os tenistas conseguem ter predominantemente atitudes e auto-diálogo positivo, conseguem focalizar-se melhor, ter mais confiança e motivação, melhorando significativamente o seu rendimento, aumentando o divertimento e prazer que sentem ai jogar ténis.
Crenças Negativas e Irracionais dos Tenistas
As crenças são essenciais para se pensar positivo e desenvolver uma postura positiva no jogo de ténis. O auto-diálogo negativo deriva de pensamentos irracionais, pelo que por vezes não é suficiente a simples utilização de auto-diálogo positivo, sendo necessário que os tenistas acreditem neste. Se considerarmos o ditado que diz: “Se acreditas que podes ou não, tens provavelmente razão”, poderemos concluir que se um tenista acredita que irá bloquear em situações de pressão durante um encontro, a probabilidade de realmente bloquear é elevada. Sendo as crenças irracionais, a fonte geradora de pensamentos negativos e irrelevantes, o treinador e os especialistas em Psicologia do Desporto devem ajudar os tenistas a eliminar essas crenças, mostrando como estas são irreais e prejudiciais para o rendimento no ténis. Estes, deverão ainda ajudar os jogadores no reconhecimento do auto-diálogo negativo, na aprendizagem e prática de estratégias de substituição dos mesmos e implementação sistemática do auto-diálogo positivo em treino e competição.
Exemplos de crenças negativas e irracionais dos tenistas: - “Tenho de ser perfeito a jogar ténis”. - “Não posso cometer erros em competição”. - “Não tenho culpa de ter perdido”. - “No treino não tenho de dar o meu máximo, tenho de dar o máximo em competição”. - “Não aprendo nem melhoro quando perco”. - “A minha auto-crítica ajuda-me a ter melhor rendimento no campo de ténis”.´ - “É normal e aceitável eu ficar zangaado quando em competição as coisas não me correm da forma que eu desejo”. - “Quando começo o encontro a jogar mal, vou jogar mal todo o encontro”. - “O meu desempenho no campo reflecte o meu valor enquanto pessoa”.
O auto-diálogo negativo, irrelevante e não produtivo ocorre com maior frequência quando o jogador não acredita verdadeiramente nas suas capacidades. Os factores que neste âmbito limitam a capacidade do tenista atingir o seu rendimento incluem: - Focalizar-se no passado (“Como é possível eu fazer um erro não forçado num Set Point”) ou futuro (“Se eu conseguir ganhar este encontro, vou jogar a final”). Os tenistas devem distanciar-se do passado, pois focalizar-se no passado retira ao jogador a oportunidade de se focalizar no momento presente, tornando-o vulnerável a um decréscimo do seu desempenho. Quando os jogadores se focalizam no futuro, tem um efeito semelhante. Por este motivo, os treinadores devem incentivar os jogadores a manter os seus pensamentos no momento presente, jogando um ponto de cada vez, - Focalizar-se nos seus pontos fracos durante a competição (“Espero que ela não me pressione a esquerda. Se o fizer, vou certamente perder”. Em situações de treino, os treinadores deverão estimular os tenistas a focalizar-se e desenvolver os seus pontos fracos. Em competição, os jogadores devem evitar focalizar-se nos seus pontos fracos, devendo antes, focalizar-se no seu plano de jogo, tendo por base os seus pontos fortes. - Focalizar-se no resultado (“Tenho que ganhar”, “Toda a gente espera que eu ganhe e se eu perco?”). Este tipo de pensamentos é muito frequente. Os tenistas mentalmente fortes são capazes de ignorá-los e focalizar-se no jogo de ténis (objectivos de processo e de desempenho). A focalização no resultado não é produtiva para os tenistas, pois estes não têm o controlo directo sobre o mesmo. Ao centrar-se no processo, esforço e desempenho, os tenistas aumentam a probabilidade de obter o resultado desejado. - Focalizar-se em ser perfeito (“Não posso cometer erros”). O ténis é um jogo de “winners” e de erros, mesmo os tenistas de top do ranking ATP cometem diversos erros num só encontro. Ninguém é perfeito, pelo que o treinador deve estimular o tenista a trabalhar no sentido da excelência e não da perfeição. Os tenistas perfeccionistas estão vulneráveis a grande stress e frustração, sempre que o treino ou competição não corre de acordo com as suas expectativas. - Focalizar-se em factores fora do seu controlo (“O vento hoje está terrível, não sei se vou conseguir pôr a bola dentro do campo”). O tenista nada pode fazer para alterar as condições climatéricas, pelo que é um desperdício de tempo e energia mental focalizar-se em aspectos que realmente não pode controlar. Outro exemplo, comum no ténis, ocorre durante o aquecimento (“Uau, ele realmente tem umas pancadas fortíssimas, não sei se vou conseguir vencê-lo”). Em situações deste tipo, o tenista deverá conseguir focalizar os seus pensamentos em factores dentro do seu controlo (a sua preparação e desempenho, plano de jogo).
Estratégias para desenvolver o Auto-diálogo Positivo Os tenistas com sucesso têm também pensamentos negativos, mas o que os diferencia dos tenistas menos bem sucedidos é a gestão que eles fazem dos mesmos. Para estar preparado, o jogador que frequentemente tem sucesso reflecte sobre o que poderá correr mal e antecipa estratégias que o poderão ajudar a superar esses obstáculos. Um jogador que raramente tem sucesso, tem receio de pensar no que poderá correr mal, dado que estes pensamentos lhe originam emoções negativas. O verdadeiro segredo está em utilizar esses pensamentos negativos de forma positiva. Gestão de Pensamentos Negativos e Irrelevantes Para os tenistas poderem eliminar os seus pensamentos negativos têm de primeiro ter consciência dos seus padrões de auto-diálogo negativo em treino e em competição. Para ajudar nesta tarefa recomenda-se o uso de um diário, para registo regular dos padrões de pensamento em treino e competição. O treinador deverá estimular os tenistas a aumentar a ocorrência de pensamentos positivos e produtivos dentro e fora do court. Inicialmente os jogadores irão registar num diário os seus pensamentos negativos durante um determinado período. Frequentemente os tenistas são surpreendidos com a quantidade de pensamentos negativos que têm durante um dia, o que os inspira a alterar o seu auto-diálogo. É importante salientar que esta actividade deve ser preferencialmente realizada na pré-época, pois não é produtivo para os tenistas focalizarem-se no auto-diálogo negativo antes da competição. O passo seguinte consiste em usar uma palavra, frase ou imagem (imagem de STOP, ou dizer mentalmente STOP), que ajude a bloquear o processo de pensamento negativo ou irrelevante. Contudo, resultados de investigação ou experiência no terreno, indicam que a paragem de pensamento não é por si só suficiente. Deste modo, a próxima etapa consiste em substituir o pensamento negativo (“Não estou a jogar nada”) por um positivo, relevante e produtivo (“Mexe os pés para chegares à bola mais cedo”). O último passo é conseguir aplicar à técnica de paragem e substituição de pensamentos, primeiro fora do court e posteriormente no court de ténis, em situação de treino e competição, especialmente em situações de pressão (jogos terminais de sets). As estratégias que se seguem ajudam o tenista a gerir os seus pensamentos, tornando-os mais positivos: - Desenvolver frases de auto-diálogo positivo, colocando-as num local onde sejam diariamente visíveis (saco de ténis, cacifo, espelho, ou até mesmo colado com fita cola no “coração” da raquete). - Aprender e praticar estratégias de gestão e controlo dos seus pensamentos, para que as possam usar eficazmente, melhorando o seu rendimento. - Focalizar-se no momento presente, em objectivos de processo e desempenho, bem como em factores por eles controláveis. O auto-diálogo negativo normalmente ocorre quando os jogadores se focalizam no resultado (futuro), erros cometidos (passado) ou outros factores não controláveis. - Gerir os pensamentos negativos associados a factores externos ao tenista, sobre os quais este não tem controlo. Nesta situação, o jogador deverá dizer a si próprio: “STOP” e pensar em algo que possa exercer uma influência positiva mediante a implementação das suas acções. - Analisar as origens dos pensamentos negativos, examinar as proporções das preocupações, fazer uma análise real, aceitá-los. Tomar consciência das suas crenças irracionais e dos pensamentos negativos. Utilizar estratégias para os substituir por positivos e aplicá-los em situação de treino e competição. O treinador deverá ajudar o tenista nesta tarefa e também lembrá-lo da importância de manter o seu auto-diálogo realista. - Analisar os pensamentos negativos e verificar se há possibilidade de os aproveitar de forma positiva na procura de uma solução para determinada situação. - Substituir pensamentos negativos e irrelevantes por pensamentos positivos e relevantes. Estes aumentam a probabilidade de ocorrência de experiências e resultados positivos. - Separar o indivíduo da acção (diferença entre dizer “Eu sou um fracasso” ou “A minha decisão táctica foi horrível”). - Substituir pensamentos que causam ansiedade (“Não posso perder o próximo ponto, “Set” point, para não perder o encontro”) por pensamentos neutros ou positivos (“Vou jogar bem o próximo ponto, para fechar este “set”). Com estes pensamentos neutros ou positivos e uma vez que é difícil ter vários pensamentos em simultâneo, o tenista deixará de se focalizar no pensamento negativo anterior. Deste modo, o auto-diálogo positivo ou neutro contribui para minimizar a sensação de desconforto e aumentar a probabilidade de ocorrência de acções positivas."
in “Treino Mental no ténis: estratégias práticas para o sucesso!”, de Cristina Rolo e Dave de Haan.
ARTIGO DE OPINIÃO PEDRO CANEDO
Pais de um jovem tenista: que comportamento?
ARTIGO DE OPINIÃO PEDRO CANEDO
Investimento no ténis juvenil: ilusão ou aposta de futuro?
QUE TORNEIOS JOGAR? POR JOÃO CUNHA SILVA
Uma maior experiência vai-me trazendo, naturalmente, mais sensibilidade, pela quantidade de alunos, jovens e não só, que me vão passando pelas mãos. Aliada aos muitos anos de jogador que tive, há uma coisa fundamental que se me afigura essencial para quem quer aprender a jogar melhor ténis: gostar de jogar! Independentemente de ganhar, é preciso gostar de jogar! E claro que sempre haverá aquele velho conceito de: “O mais importante não é ganhar, é participar!... Até se perder!” Mas isto é para aqueles que são profissionais, ou quase! Que fazem disto um modo de vida. E até para esses… Todos continuam a necessitar constantemente de melhorar. É certo que, numa modalidade em que não existem empates, quando se joga em competição é melhor ganhar. Sem dúvida! Mas e onde? Em tudo o que seja competição, responderão uns. Mas e que torneios eleger? Quando se trata da evolução de um jovem que se iniciou na modalidade e pretende melhorar e competir, é necessário gostar do desafio do confronto, sem certezas, mas também da noção da necessidade de treinar e de querer jogar bem. Vejo, muitas vezes, jovens e os seus pais, bem intencionados, quererem jogar torneios oficiais apenas para “ganhar”, o que me parece um erro! E não pretendo, eu que fui um profissional tantos anos, desvalorizar a importância da vitória. Pelo contrário! Mas sim contribuir para estimular os jovens em particular, para que aqueles que optem por jogar torneios oficiais, tenham uma correcta mentalidade acerca de dois conceitos importantes: 1º) Que não é apenas, como tantos pensam, treinando com os melhores que se evolui. 2º) Pelo contrário, é fundamental que jogadores de nível idêntico se confrontem muitas vezes em competição, em torneios. O primeiro conceito é, por vezes, difícil de passar aos mais jovens. Mas é importante perceberem que, se por um lado, por essa lógica, os melhores não quereriam treinar com eles, também devem perceber o quanto é importante para o seu desenvolvimento como jogadores saber aproveitar também o treino com os de valor idêntico, procurando sobrepor-se com os de valor teoricamente inferior, tentando impor o seu nível, treinando mais a concentração onde a motivação é menor, e testando as suas capacidades. Os suecos têm uma máxima, que é 25-50-25. Quer isto dizer que os jogadores em desenvolvimento devem treinar 25% do tempo com pessoas que joguem a um nível inferior, 50% a um nível idêntico e, de novo, 25% a um nível superior. É óbvio que isto é sempre teórico. Eu não sei se é 25%, se é 20% ou 15%, mas tenho a certeza que deve haver um equilíbrio entre as situações. E qualidade específica para cada indivíduo. Mesmo porque se assim não fosse, o nº1 do Mundo então não teria com quem treinar. Apenas como exemplo, cito o caso do brasileiro Gustavo Kuerten, jogador do top mundial e ex-nº1, que faz normalmente as suas pré-temporadas, naturalmente com o seu treinador, mas com outros jogadores bastante inferiores em ranking, que convida ou a ele se juntam, alguns deles mesmo juniores. E há tantos outros casos semelhantes no top… Existe, no entanto, certamente, uma preparação específica, cuidada, da parte de cada um e do seu treinador. Quanto ao segundo conceito, aqui sim, é de grande interesse que o jogador em progressão se confronte regularmente com adversários de nível idêntico. Pois é verdade que progride mais se em cada encontro tiver de travar uma “batalha”. Se os encontros entre os jogadores forem sistematicamente desnivelados em resultado, aqueles que “levam o troféu para casa”, experimentam uma satisfação muito grande. Legítima, por sinal! Mas esse tipo de vitórias, também lhes deve fazer ver, que provavelmente devem procurar um nível de torneios que lhes permita outro tipo de confrontos. Aí, se calhar, vão ganhar menos. Mas se ganharem, terá mais valor! E irão, a médio prazo, progredir mais! Aqui, sem dúvida, os torneios sociais de Clube podem ter um papel preponderante. Principalmente para aqueles que sentem ainda não ter nível competitivo para jogar em torneios oficiais. Assim considero que o essencial, às vezes, não é jogar esta ou aquela categoria. E sim, procurar um nível competitivo adequado. Da maneira como são efectuados os rankings, não só no nosso país, mas também a nível internacional, é natural que os jogadores em último ano da categoria compitam em vários torneios da faixa etária seguinte, para obterem ranking e subsequentemente acesso a esses torneios no ano seguinte. E parece-me correcto, desde que os melhores se continuem a encontrar várias vezes, sem medo da “pressão” e os outros a mesma coisa, etc. Será a melhor contribuição para a melhoria dos jovens e do nível médio do País.
João Cunha e Silva Actual Director Técnico do Clube Escola de Ténis de Oeiras, e Treinador entre outros de Frederico Gil e Rui Machado, ex-jogador profissional, 108º classificado ATP em 1991 e Penta Campeão Nacional Absoluto. In: www.fptenis.pt
GUIA DOS PAIS
O seu filho participa em competições? Como ajudá-lo a progredir? Vencedor e vencido - o que importa é cada um dar o seu melhor. Os pais têm um papel essencial na educação desportiva dos seus filhos.
SIM 1. Desenvolva o prazer da competição do seu filho: A competição deve permanecer um jogo. A criança deve viver o torneio como um momento previligiado. Para desenvolver o prazer da competição, é indispensável que ela ganhe com mais frequência do que perde. Para isso, é preciso saber escolher competições dum nível inferior, quando as derrotas são demasiado frequentes. 2. Desenvolva o seu espírito desportivo: Que ele saiba bater-se no respeito pelos outros. A Agressividade, a coragem, a vontade, não são sinónimos de "ódio". O espírito desportivo deve estar na base da sua educação desportiva e o respeito pelos outros um valor incontornável. 3. Desenvolva progressivamente a autonomia do seu filho: Ensine-o a preparar o seu saco e deixe-o transportá-lo. Deve ser ele mesmo a apresentar-se ao juiz-árbitro. É assumindo progressivamente o controlo que ele aprenderá a escolher as boas decisões. E não se esqueça que no campo, ele estará só para fazer as boas escolhas. 4. Apoie-o, sem nunca interferir durante os jogos: Pode encorajar e apoiar sem demonstrar excessivamente. Mas não deve interferir no desenrolar do jogo (arbitragem) e deve abster-se de dar conselhos técnicos ou tácticos. 5. Felicite o seu filho quando ele tiver um bom comportamento: Qualquer que seja o resultado, vitória ou derrota, não hesite em felicitá-lo, se ele se comportar de forma combativa, corajosa, generosa e desportiva. Porque o essencial é que ele deu o melhor de si. 6. Permaneça positivo depois de uma derrota, o seu papel é encorajá-lo: Se ele der o melhor de si mesmo, tente ressaltar os elementos positivos, que lhe permitirão evoluir e ganhar o próximo jogo. Limite-se ao comportamento geral, o domínio técnico e táctico deve ser deixado com o treinador. 7. Respeite os adversários do seu filho, bem como os pais deles: Aperte a mão e felicite o adversário do seu filho. Ele seguirá o seu exemplo. Mantenha relações agradáveis com os pais dos outros jogadores. Vai vê-los regularmente nas competições e podem, talvez, ficar amigos. 8. Mantenha a motivação do seu filho, respeitando os períodos de repouso: Respeite os períodos de repouso indicados pelo treinador do seu filho. Mesmo em repouso pode e deve continuar com a prática desportiva (outros desportos). No regresso aos courts a sua vontade e motivação serão maiores. 9. Tenha em mente que é a qualidade do treino, mais que a quantidade que faz o seu filho progredir: Um treino curto e intenso com uma concentração máxima vale mais que uma sessão longa onde o empenhamento não é total. 10. Tenha presente que o ténis do seu filho é antes de mais responsabilidade dele: É ele que tem a raquete na mão, ganhe ou perca, é ele que investe ou não na competição. Os esforços e sacrifícios indispensáveis para chegar a campeão só podem ser feitos desde que aceites livremente. 11. Tenha confiança no treinador do seu filho. Ajude-o, mas não queira substituí-lo: Ele foi formado para isso. Tem competências e uma experiência insubstituível. Fale com ele, peça-lhe informações sobre o seu trabalho, mas não intervenha em seu lugar. Ajude-o e apoie-o. Ou então é você o treinador, e nesse caso não precisa dele.
NÃO 1. Glorificar excessivamente a vitória e dramatizar a derrota: Ao glorificar excessivamente a vitória, arrisca-se que ele creia que chegou ao topo, e incita-o involuntariamente a ficar satisfeito com o adquirido. Ao dramatizar a derrota, você só consegue juntar à decepção natural o stress em futuras competições, correndo o risco de a prazo desencorajá-lo a competir. 2. Procurar realizar-se por intermédio das performances do seu filho: Se o seu filho triunfar é porque o ténis é a paixão DELE. Se você pelo contrário procurar impôr-lhe a sua ambição, arrisca-se a uma grande desilusão assim que ele for autónomo. 3. Aumentar, com a sua atitude, o stress da competição: Cada atitude, cada gesto, cada palavra é apercebida por um jogador no campo. Ele sente o que se passa à sua volta e o seu filho não é excepção à regra. Uma atitude nervosa e crispada afecta-o bem como uma expressão calma e serena tranquiliza-o, permitindo-lhe exprimir-se melhor no campo. 4. Aceitar os maus comportamentos: Atirar bolas ou raquetes, insultos, gritos, atitudes negativas. Não aceite nada disto. Basta deixar passar alguns maus comportamentos para que se tranformem em hábitos difíceis de corrigir. 5. Fixar objectivos demasiado elevados: Ao fixar objectivos demasiado altos e demasiado precisos, arrisca-se a bloquear psicologicamente o seu filho. Se ele não os alcança, terá um sentimento de fracasso e o medo em competição instala-se. 6. Utilizar a ironia e o sarcasmo para motivar o seu filho: O respeito, o apoio e o encorajamento são as melhores fontes de motivação. 7. Comparar as performances do seu filho com as dos seus colegas: Ele deve progredir em relação a ele próprio e não em relação aos outros. A sua progressão deve ser feita ao seu ritmo e pode ou não ser igual ao das outras crianças da sua idade. 8. Colocar o seu filho num pedestal: Ele não é o melhor, o mais forte, o mais bonito e o mais inteligente. Mesmo que não esteja muito longe, não faça dele uma "estrela", ajude-o a conservar os pés na terra. É o melhor meio para progredir cada dia um pouco mais e atingir o melhor nível. 9. Culpabilizar o seu filho pelos investimentos que você faz: Não coloque pressão suplementar à competição demonstrando-lhe a que ponto você investe em tempo e dinheiro. Autor: Pedro Bívar - Director Técnico do Ace Team - Lisboa
ESCOLA DE TÉNIS 2008/2009 - 514 alunos em Janeiro de 2009
Depois de, em Novembro, termos anunciado um crescimento de 15% em relação à época anterior, com 486 alunos, é com regozijo que vemos atingir um novo recorde, com 514 alunos na nossa escola de ténis!
ESTRUTURA
RESPONSÁVEIS ESCOLA DE TÉNIS - Luís Machado - Pedro Canedo
FORMAÇÃO - Manuela Costa (Responsável Colégios) - Luís Machado (Responsável Particulares) - Henrique Assis - Pedro Freitas - André Morais - Álvaro Teixeira - Francisco Fontoura
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