segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Entrevista a Ricardo Cortes no Rescaldo da Deslocação a Gotemburgo

Temos o prazer de vos apresentar de seguida um excerto de uma entrevista exclusiva com Ricardo Cortes, treinador do Sport Club do Porto, de regresso de Gotemburgo, Suécia, onde esteve a acompanhar os atletas do clube Inês Xavier e José Tinoco, que acabaram por ter actuações algo aquém do esperado.

Blogger: Bem-vindo Ricardo. Correu tudo bem na viagem de regresso?
Ricardo Cortes: Pá porreiro pá, porreiro... Correu tudo impéc!
B.: Então... como descreves a participação da Inês e do Zé?
R.C.: Bom... eu tinha as minhas expectativas, eles tinham as expectativas deles, e é claro que se tivermos isso em conta não posso considerar que tenha sido uma boa participação, embora os resultados possam ser considerados normais, se atendermos ao ranking e ao valor dos seus adversários.
B.: Quais eram as vossas expectativas então?
R.C.: As nossas expectativas indo para um torneio nunca podem estar muito longe da vitória no mesmo, e não estou a falar nisso como um sonho que não contamos a ninguém, como algo que se deseja e não se atinge. Não podemos ter medo de ir para os torneios com a meta bem definida de ganhá-los - a desilusão de perder à 1ª quando nos preparamos para tão altos voos é normal e não deve ser encarada como um motivo de desencorajamento, mas como uma etapa de aprendizagem. O que não pode acontecer é irmos para qualquer torneio a pensar que os quartos-de-final são um bom resultado! Talvez isto pareça arrogância ou até falta de contacto com a realidade, mas a partir do momento em que um jogador de ténis deixa de acreditar não lhe sobra muita coisa, e esta crença tem de vir de dentro! E é claro que há sempre o reverso da medalha, que é falar muito sobre como se vai ganhar, e depois chegar ao court e a nossa atitude não espelhar em nada o nosso discurso, que é algo que vejo muito por aí (aqui)...
B.: Pois. Não será no entanto pedir demais a estes jovens?
R.C.: Atenção! Ninguém lhes pede nada! Resultado nenhum! Só me custa que às vezes lhes falte aquela crença neles próprios NO COURT que muitas vezes marca a diferença entre ganhar e perder, entre passar uma ronda e ganhar o torneio.
B.: Mas se eles não sentirem confiança no seu jogo, não estarão a ser realistas ao colocarem a fasquia mais baixa?
R.C.: O conceito de confiança é muito traiçoeiro. Essa confiança de que estás a falar (que não passa por dar porrada na bola de qualquer maneira e feitio, e de não se conseguir falhar quando se está numa "zona de confiança") só se ganha a competir, e até o jogador menos dotado tecnicamente (mas bem treinado, é claro) pode ganhar jogos se acreditar que o pode fazer do 1º ao último ponto... E desde o 1º jogo do torneio! Não é a intensidade do jogador que tem de aumentar com o decorrer de um jogo ou de um torneio. O que pode variar é a qualidade do seu jogo, a sua intensidade tem que ser sempre máxima!
B.: Veja-se o exemplo do David Ferrer na última Masters Cup, não é?
R.C.: Exactamente. Recomendo aos nossos atletas que vejam o Rocky III e que aprendam o Eye of the Tiger.
(...)

Vejam esta entrevista completa algures em local incerto.

4 comentários:

Anónimo disse...

Rocky III ? Eye of the Tiger?

sempre caricato ricardo cortes !

Anónimo disse...

Rocky III ? Eye of the Tiger?

sempre caricato ricardo cortes !

Anónimo disse...

é oficial: ricardo cortes está insane e aproveita-se deste espaço sagrado do ténis português para mandar recados a yannick djaló e paulo bento ("...o jogador menos dotado tecnicamente (mas bem treinado, é claro) pode ganhar jogos se acreditar que o pode fazer do 1º ao último ponto..."). Mister Cortes, afoge as suas mágoas leoninas na bebida e não em tão prestigiado local como este blog. Mantém-se o enigma:"quem é antónio variações?"

Anónimo disse...

ricardo cortes e as suas tacticas..